Alexisonfire

Alexisonfire é uma banda de post-hardcore do Canadá formada em St. Catharines, Ontário, em 2001. Sendo extremamente clichê vou começar dizendo que essa banda é uma banda de contrastes, o sujo e o limpo, a calma e o desespero, o bruto e o delicado... E é em meio a essa tempestade de sentimentos e texturas que surge o grande triunfo do Alexisonfire, que através da troca entre os vocais gritados e os vocais melódicos consegue cristalizar com grande fidelidade a mensagem contida nas letras de suas músicas.
O guitarrista da banda, Dallas Green, que é o responsável pelos vocais melódicos, demonstra um grande talento vocal, contrastando muito bem com os brados disparados pelo vocalista George Pettit. O talento de Dallas Green pode ser ainda mais evidenciado com o lançamento de seu projeto solo, o City and Colour (que se chama assim por causa do nome dele, que é composto de um nome de uma cidade e de uma cor), que traz um som mais voz e violão e um destaque maior para as melodias. Dallas conseguiu uma visibilidade boa graças a seu trabalho solo, tanto que no último CD lançado pelo Alexisonfire é notável a maior participação de Dallas nas músicas.
Deixando o papo de lado, vamos ao que interesa. Disponibilizarei os 3 álbuns de estúdio já lançados por eles, então aproveitem, baixem e me digam o que acharam.

Alexisonfire (2002)

Tracklist:
1. .44 Caliber Love Letter
2. Counterparts And Number Them
3. Adelleda
4. A Dagger Through The Heart Of St. Angeles
5. Polaroids Of Polar Bears
6. Waterwings (And Other Pool Side Fashion Faux Pas)
7. Where No One Knows
8. The Kennedy Curse
9. Jubella
10. Little Girls Pointing And Laughing
11. Pulmonary Archery




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Watch Out! (2004)

Tracklist:
1. Accidents
2. Control
3. It Was Fear Of Myself That Made Me Odd
4. Side Walk When She Walks
5. Hey, It's Your Funeral Mama
6. No Transitory
7. Sharks & Danger
8. That Girl Possessed
9. White Devil
10. Get Fighted
11. Happiness By The Kilowatt








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Crisis (2006)

Tracklist:
1. Drunks, Lovers, Sinners and Saints
2. This Could Be Anywhere in the World
3. Mailbox Arson
4. Boiled Frogs
5. We Are the Sound
6. You Burn First
7. We Are the End
8. Crisis
9. Keep It on Wax
10. To a Friend
11. Rough Hands








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Então está dada minha dica musical, espero que gostem dessa banda que eu tenho escutado bastante.

Abração do Juca

Elocubrando...

Não entendo porque as pessoas carregam a cruz como símbolo de Jesus Cristo, se eu fosse uma pessoa famosa a última coisa que eu queria que ficasse como símbolo da minha existência seria algo que lembrasse minha morte, por exemplo, tu não vê os fãs do Renato Russo andar com uma camisinha furada pendurada no pescoço. E pior ainda, qualquer um que estiver com balões na mão ou usando um GPS vão estar fazendo homenagem ao padre voador, e bungee-jump e rapel vão se tornar cultos a menina que caiu do prédio.

Uma coisa que me irrita na TV, na verdade muita coisa me irrita na TV, mas uma coisa que é irritante em particular são as participações de crianças, elas geralmente são crianças muito inteligentes que sabem fazer de tudo e não são nada tímidas. Cara se tem uma coisa que eu não to interessado é ver um programa onde todas as crianças são mais inteligentes e mais bem sucedidas que eu! E é bizarro também quando vestem elas como se fossem adultos e agem como tal, peraí os anões estão aí pra isso, são muito mais engraçados que elas e por serem geralmente adultos que só conseguem aquele tipo de trabalho não me fazem sentir tão inferiorizado.

Abração do Juca

Interlúdio Para Um Bar de Beira de Estrada Por 33 Anos Fora do Mapa

Eu não quero ver mais uma vez essa série
em que a gente sangra tanto, meu bem.
É, perdi o medo de dizer
que nada atinge meu querer
e que sempre faço o que mais me pede, a vida acaba.
E por que não falar de amor, repetir as palavras
se no fundo é só isso que vale a pena?

Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.

Essa tarde eu vou sentar e ouvir Stiff Little Fingers.
Lembra que a gente passava horas aqui falando de ex-namoradas?
Tenho andado tão inquieto
que até beijo de seriado me arranca um suspiro
É... perdi o medo de dizer que nada atinge meu querer
e que sempre acabo atirado aos braços
de que mais me convida ao pecado
E por mais que passem os anos
eu continuo o mesmo garoto
que você um dia amou tanto.

Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.

As pessoas sempre vão falar
pois suas línguas lhe vencem os dentes
e seus medos e inseguranças
sempre acabam em dedos ao diferente.
Então que se foda amor, que se foda
se a palavra suja não rima.
Que se foda amor, que se foda.
Pecado é não viver a vida.

Então esquece tudo e vem
que a vida é assim
e se a gente deixar de viver
não vai dar tempo de sorrir.
Vamos pegar essa estrada
e sentir o vento cantando esta música
que conhecemos mais que nós mesmos

Abração do Juca

Trincheiras de Nanquim

A tinta me liberta e me alivia de uma noite que me sufoca e me condena. O papel que não resiste a meus brados se mantém borrado e segue praguejando contra a caneta. Palavras desconexas se unem na batalha travada entre meus pensamentos, e parágrafos se tornam tropas marchando rumo à linha de tiro.

No meio do fogo cruzado assisto cada vez mais meu coração ser manchado, pingando tinta vermelha e sangue preto pelos buracos de bala e o barulho ensurdecedor que não se cala e me deixa cada vez mais apavorado.

Ao escrever deixo meu coração falar tudo o que ele pensa ser importante para eu saber, pois há tempos ele bate apressado e forte, e ouvi-lo se tornou um esporte que minha razão insiste em não querer praticar.

Ao virar a página encontro um novo campo de batalha, pronto para virar o cenário de mais uma batalha entre meu super ego e meus instintos, que apesar de habitarem o mesmo lugar, insistem em produzir sentimentos tão distintos viajando em meus neurônios em forma de navalha.

Fecho o caderno esperando cessar fogo e deixando a paz invadir meu ser, escondo toda e qualquer injúria e sigo em frente colecionando cicatrizes de guerras que não pude vencer. De nada adianta tanta lamúria se um dia todos nós sucumbiremos perante a terra que nos acolherá quente e discreta nos impedindo de correr. Cessando assim um eterno ciclo de entrega -> decepção -> sofrimento -> indignação -> indiferença -> vazio -> entrega...

Calando a voz que grita em silêncio, apagando a tinta que mancha em tom de lamento e paralisando o coração que pinga em sofrimento.

Obs.: Um grande agradecimento a Cristine, por ter feito a trancrição do texto para mim enquanto eu comprava comida no posto.

Abração do Juca